O assédio às mulheres é apontado como um problema no transporte público da cidade por 69% dos usuários, de ambos os sexos. A informação foi levantada em pesquisa realizada pelo Observatório Cidadão de Piracicaba, sob a coordenação do professor Roberto Braga, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas do campus de Rio Claro, da Unesp.
A pesquisa ouviu 319 usuários, foi aplicada por estudantes de geografia da UNESP e membro do Observatório em quatro regiões diferentes. Foram avaliados 17 quesitos sobre a opinião dos usuários sobre a qualidade do transporte público em Piracicaba. Os resultados completos serão divulgados em breve.
Entre as mulheres ouvidas, 76% apontaram o assédio como um problema grave e 48% declararam conhecer uma mulher que já tenha sofrido algum tipo de abuso nos ônibus. 60% dos homens entendem o assédio como uma questão grave a ser resolvida e 36% dizem conhecer uma mulher vitima de abuso no transporte.
A íntegra da pesquisa pode ser acessada aqui.
“Os números mostram uma realidade alarmante, que impede o ir e vir da mulher com segurança, na cidade”, diz Cláudia Regonha Suster, psicóloga e integrante do Coletivo Promotoras Legais Populares, que enfatiza a importância de uma campanha, em caráter permanente contra o assédio no transporte público em locais de alta visibilidade, como propõe o Observatório Cidadão de Piracicaba. Ela antecipa que já há iniciativas nesse sentido sendo construídas e que devem ser conhecidas brevemente.
A pesquisa faz parte do projeto MobCidades: Mobilidade Urbana, Orçamento e Direitos, que em Piracicaba conta com a participação do Observatório Cidadão, do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, das Promotoras Legais e Populares, da Associação de Moradores do Distrito de Tupi e do Observatório Social de Piracicaba.
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