O trabalho dos 48 recicladores da Cooperativa Reciclador Solidário de Piracicaba nem sempre aparece, mas o resultado dele ajuda a dar vida longa ao novo aterro sanitário de Piracicaba. Todos os meses, o grupo de recicladores tria entre 170 a 180 toneladas de materiais, que são vendidos para empresas da região. Cada um deles ganha, em média, R$ 1.200 por mês.
A presidente da Cooperativa, Ednalva Inês Corrêa Souza, 44, explica que a cooperativa existe há aproximadamente 13 anos, sendo que nos dois primeiros foi uma associação. O trabalho tem o apoio da Prefeitura de Piracicaba que aluga o barracão, no bairro Ondinhas, onde os cooperados trabalham.
Um dos problemas enfrentados pelo Reciclador é a autogestão, que depende da conscientização dos próprios cooperados. Ednalva disse que o índice de falta é elevado entre os cooperadores, o que provoca queda na produção da cooperativa.
Por dia até 12 caminhões chegam ao barracão levando materiais recicláveis, que foram coletados pelas ruas da cidade. Eles trabalham das 7h30 às 17 horas, com um período para almoçar.
O perfil dos sócio-cooperados é de mulheres, arrimo de família, entre 18 e 62 anos, sendo que atualmente apenas seis cooperados são antigos catadores do Aterro do Pau Queimado, desativado há alguns anos.
A própria Ednalva foi catadora de recicláveis no Pau Queimado, assim com o marido. Agora, ela se orgulha da profissão de reciclador, além disso, tem parte da família trabalhando na própria Cooperativa. “Eu fui pro aterro, porque precisava ganhar dinheiro e não tinha emprego na época. Acabei me acostumando e criei (ela e o marido) meus filhos com o dinheiro desse trabalho”, diz ela.
A Cooperativa tem uma conta corrente para receber os recursos das vendas. Ao final do mês, é feito o pagamento das contas e rateio por produção, sendo que as faltas são debitadas do valor final.
“Triamos em média 170 a 180 toneladas de materiais por mês, sendo que o material é vendido para empresas de Americana, Cordeirópolis, Santa Bárbara”, diz Ednalva.
Os materiais separados são: papel, papelão, jornal, papel arquivo (folhas sulfite), vidro, garrafas PET, frascos PAD (leitosos), alumínio, isopor, metais ferrosos. A Cooperativa também recebe óleo de cozinha usado que é vendido para uma reciclagem.
Serviço:
Cooperativa Reciclador Solidário de Piracicaba fica na Avenida das Ondas, 6.607, bairro Ondinhas. Telefone: (19) 3427-1004.
* Fotos: ONG Florespi
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